Carros Clássicos do Brasil – Chevette


O Lançamento do Chevette

O avanço tecnológico e o consumo marcaram os anos 70 no Brasil. Foi nesse clima de efervescência industrial que a GMB realizou seu segundo grande lançamento: o primeiro carro pequeno da família Chevrolet, com motor de 1.400 cm3 e 68 HP de potência bruta a 5.800 rpm, especialmente desenvolvido para esse modelo.

Apresentado oficialmente à imprensa no dia 24 de abril, o Chevette se consagrou por alguns itens que obtiveram a unanimidade dos jornalistas especializados que o tiveram nas mãos para testá-los na época. Design internacional, conforto interno, dirigibilidade, manobrabilidade, estabilidade e acima de tudo, segurança eram os principais pontos positivos.

À frente de seu tempo, o Chevette incorporava itens de segurança como sistema de direção não-penetrante e pisca-alerta superiores aos exigidos pelo Contran em sua resolução mais recente. Outro item de destaque: o sistema hidráulico de freio com duplo circuito, independente nas rodas da frente e nas de trás.

No dia seguinte ao lançamento, Joelmir Betting escrevia em sua coluna da Folha de São Paulo: O Chevette leva a chancela da GM e a GM não brinca em serviço. Um investimento superior a US$ 100 milhões permitiu à GMB não apenas desenvolver o novo carro, mas dotar a fábrica de condições para dar resposta imediata a qualquer tipo de solicitação do mercado. A verdade é que o Chevette constitui um novo divisor de águas dentro do mercado brasileiro de carros novos. Simplesmente porque toca fogo no grande paiol da concorrência, a do primeiro degrau da escalada do brasileiro na direção do carro próprio: a faixa do mais barato, a do primeiro carro do indivíduo e, já agora, a do segundo carro da família.

Linha do Tempo:

O chevette foi lançado no Brasil em 1973 pela General Motors e os seus principais concorrentes eram a Brasília e o Dogde 1800.

Em 1975 foi lançada a versão GP em homenagem ao grande prêmio do Brasil de formula 1 e foi o carro oficial utilizado no evento.

Em 1977 chega ao mercado a segunda versão do modelo esportivo, o GP II que com mudanças no motor se torna mais econômico que seu antecessor.

Em 1978, houve a primeira reestilização do Chevette. O desenho da grade frontal era dividido, inspirado no modelo norte americano da Pontiac, o Firebird.

Em 1980, é lançado a sua versão perua, chamada Marajó e foi produzida até 1989.

Em 1981 é lançado o Chevette Hatch S/R, um modelo realmente esportivo que possui motor 1.6, com carburador de corpo duplo que gerava 90 cavalos de potência.

1983, o Chevette recebeu um novo facelift com faróis retangulares e frente única, sua alteração foi inspirada no Chevrolet Monza.

Em 1984, foi lançado o pequeno Pickup Chevy 500, que se referia a sua capacidade de carga incluindo o motorista, e seus principais concorrentes eram a Volkswagem saveiro e a Ford pampa.

Sem grandes mudanças nos anos seguintes, em 1992, em meio a uma onda mais econômica, a GM lançou o Chevette Junior com apenas 50 cavalos de potência, porém durou apenas 1 ano.

Em 1993, a GM encerra a produção do Chevette após 20 anos.

O ÚLTIMO CHEVETTE PERCORREU OS 2.813 METROS da linha de produção de São José dos Campos no dia 12 de novembro de 1993. Da funilaria à linha final, cada encaixe, cada aperto, cada teste teve um agradável sabor de despedida, de missão cumprida. Sai de cena um produto vitorioso, que manteve sua participação no mercado sempre em evidência. Foram 73 mil veículos vendidos por ano na média do primeiro decênio e que encerra sua produção com o mesmo volume do ano do lançamento mais de 30.000 unidades. No porta-malas da última unidade, uma bagagem de confiança: atrás de si já aponta outro vencedor.

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